Beijing – China

24 JAN SHANGAI /BEIJING – Horário do voo: Saída às 13h e Chegada às 15h20

Programa.

Chegada, recepção e traslado ao Hotel Intercontinental

25 JAN BEIJING – CIDADE PROIBIDA E TEMPLO DO CÉU E PALÁCIO DE VERÃO – CARRO POR 10 HORAS A DISPOSIÇÃO COM MOTORISTA

Cidade Proibida: localizada no centro de Pequim, a Cidade Proibida, chamada Gu Gong em chinês, foi o palácio imperial durante as dinastias Ming e Qing e nela moraram 24 imperadores.

O Templo do Céu: o maior templo e altar do mundo para adorar o Céu e rezar para uma boa colheita.

O Palácio de Verão: localiza-se a 15 km do centro de Pequim, é o maior e melhor conservado jardim da China, com uma história de mais de 800 anos.

Enfim Pequim ou Beijing.

O frio estava suportável e havia sol.  O Hotel maravilhosos . O problema era nosso motorista que não falava uma só palavra em qualquer outra língua que não fosse o chinês.

Nossa comunicação era através de um “gentil celular” que tocava cada vez que chegávamos a algum local turístico, meu filho atendia e dizia onde havíamos sido deixados e onde o motorista nos buscaria.

Beijin - Valéria Foz

Quando saíamos, ligávamos e dizíamos onde estávamos para o Edward, nosso guia, que ligava para o motorista e este, gentilmente nos encontrava.

No Palácio de Verão da Dinastia Ming encontramos um estudante de tecnologia que nos acompanhou e serviu como guia por um valor extra de U$ 20,00, barato comparado ao que pagamos para a agência contratada e não tivemos o serviço.

Ele era uma graça e meus filhos adoraram, pois estavam ávidos para encontrar pessoas jovens como eles.

O guia foi realmente uma graça, cheguei a propor que ele nos acompanhasse durante a estadia na China, mas não podia e com muita responsabilidade disse-nos que não estava preparado.

O Palácio de Verão é magnífico e tivemos uma boa visão de tudo, mas nada mais que isto.

Saímos de lá e fomos para Cidade Proibida, lá encontramos dois estudantes que estavam com uma exposição Galigráfica e de Arte da universidade, claro que entramos e compramos um quadro feito por um deles.

Quando perceberam que estávamos sozinhos e ninguém entendia nada, sugeri a eles que nos acompanhassem à Cidade Proibida, eles toparam e disseram que normalmente as pessoas pagam 150, dinheiro deles, aceitamos, mas eles não sabiam nada, eram apenas simpáticos.
Não sabíamos onde estávamos, andamos e não identificamos a Cidade Proibida, quando um deles nos comunicou que acabara de ver que a Cidade fechava no inverno às 16h e que estávamos no local dedicado aos funerais das celebridades da Cidade Proibida, aí andamos mais um pouco e os dispensamos.
Eles se propuseram a nos acompanhar os outros dias, mas achamos melhor resolvermos de outra maneira, e fomos cada um para seu destino.
Depois disso nosso simpático motorista ligou para o Edward e pedimos um restaurante para comer o pato laqueado.
Ele sem dizer uma só palavra nos deixou em frente a um prédio de quatro andares, abriu a porta e saímos.
Subimos para um andar e vimos que se tratava de um restaurante típico chinês, pedimos uma mesa precariamente, sentamo-nos, ficamos examinando os cardápios por muito tempo sem saber o que fazer, decidimos que pediríamos um pato para todos. OK.

Depois achamos que não seria suficiente, pois cada um tem um gosto, e pedimos mais arroz, legumes com cogumelos, e um patê de entrada.
Na verdade todos nos olhavam. E sabíamos que estávamos fazendo algo errado.
Claro que estávamos, pois eles esperam toda a comida e quando comem patos é apenas pato, assim entendemos. Mas não tivemos esta explicação.

Quando chegou nosso pato que acompanhava uma cesta com umas panquecas eu pedi auxílio, com mímicas é claro, a chinesa veio e montou uma trouxinha com pato + picles + molho, a dela ficou uma belezinha, a minha um horror.

Pedimos também um vinho Chinês Cabernet. Imagine, eles jamais fazem esta atrocidade, mas nós ficamos felizes, comemos tudo e adoramos, afinal, tínhamos que nos divertir com o que tínhamos e naquele momento ainda não sabíamos nada.

Observamos que as pessoas comem com as mãos, e fazem umas trouxinhas tão bonitinhas! Diferentes das nossas.

Terminamos. Fomos a uma frutaria que havia na frente do restaurante e foi um alívio não ter que ligar para o Edward para pedir que o motorista nos levasse até uma. Compramos água, frutas, e o motorista já estava lá, nos aguardando gentilmente.

Fomos para o Hotel.
Dia seguinte.
As 9h30 o motorista estava no hall do hotel.
Saímos para ir aos Túmulos Ming.
Havia recebido um email do Edward dizendo que teríamos um guia chegando lá.
Mas chegando, tivemos a maior surpresa: não havia um guia, mas sim fones de ouvido, que graças a Deus eram em francês, língua que entendo, pois confiar que um filho vá te passar as informações necessárias, na minha vida, é ilusão.

Mas acredito que não vimos tudo que havia para ser visto, enfim…
Saímos e o motorista que já estava se entendendo comigo por mímicas comprou umas frutas para mim e saímos a caminho da grande muralha.
Chegamos lá e tivemos um atrito familiar, meu marido quis avisar o motorista que iria comprar um café e o motorista que não entendeu ligou para Edward, aí começou a confusão. Meu filho atendeu ao telefone e disse que era apenas um mal entendido, eu me irritei, peguei o telefone e falei horrores para a agência o que não mudou nada, uma porcaria.
Devagar, tentado nos acalmar fomos identificando a muralha, subindo e tentando meditar.
Foi bom, pois nos afastamos uns dos outros por 2h e ficamos um pouco mais calmos.

A muralha é linda, impressionante, vale a pena. É algo indescritível, mas sem nenhuma informação é muito ruim.
Saímos de lá sem destino e pedimos para ir a um shopping, ligamos para o Edward que pediu que o motorista nos deixasse onde queríamos ir. Ele nos deixou em frente, descemos e sozinhos, nos viramos sem saber onde estávamos e porque estávamos lá. Uma porcaria.
Ficamos um pouco e vimos que se tratava de uma loja de departamento, provavelmente a melhor que eles têm, mas será que seria onde queríamos estar? Claro que não e claro que eles fizeram o melhor que podiam.
Saímos e viemos nos acalmar em nosso maravilhoso hotel onde fui fazer uma massagem para me tranquilizar e me preparar para o jantar.
Veremos amanhã.
Ufa!
Eu já havia me prevenido pegando meu livro e alguns afazeres para as viagens entediantes de ida e volta aos locais que nosso motorista, simpático, mas impossibilitado de nos assessorar nos conduzia.
Era triste ver todos caídos, nervosos e frustrados voltando para casa.
Mas nossa que alegria quando vi a Janny, uma chinesinha de mais ou menos 25 anos que estava alegremente sentada ao lado de nosso motorista. Ufa que alegria, estava nela a esperança de uma boa lembrança de Pequim com um pouco de informação.
De nada adiantava estar em Pequim sem ter direção, orientação e um pouco de conhecimento do local.
Entrei na internet para algumas informações, li alguns livros, mas tudo é mutável e a vida moderna não está nos livros, os desejos das pessoas, a visão do jovem e a realidade de algumas coisas, estão na informação pessoal, e era esta informação que nos faltava.
Jenny entrou no carro e começou a falar, não parou ate as 17h quando fomos para nosso almoço.
Falou-nos sobre as grandes avenidas que passávamos, todas feitas para o evento das Olimpíadas.
Soubemos que foram retirados milhões de chineses que habitavam pequenas casas e tinham pequenos comércios, mas que o valor pago foi duas vezes o valor real da habitação. Isto nos contentou.
Mas também soubemos que os apartamentos que serviram de moradias aos atletas foram vendidos por valores absurdos.
Pequim era suja, desorganizada, entulhada, e as pessoas não viam a bagunça que faziam. Após a grande conscientização feita para o evento, hoje Pequim é uma cidade limpa, com grandes avenidas, um bom tráfego e consciência de limpeza e organização.
A Jenny nos disse que a periferia é feia, suja e pobre, mas isso nós não vimos.
Fomos à Cidade Proibida, e realmente no dia anterior nem chegamos perto de onde deveríamos estar.

A grandeza e a beleza da Cidade são impressionantes, e os edifícios frontais foram todos restaurados para o evento, está maravilhoso.
Soubemos detalhadamente sobre cada coisa, cada desenho, cada cor.
Um país onde existem 5.000 caracteres simbólicos na escrita, onde tudo tem significado, tudo é místico, não é para ser visto sem uma orientação.
Imagino as atrocidades, os desperdícios, as violências humanas que não foram cometidas naquela cidade onde existia uma pessoa principal e 5.000 outras para realizar seus desejos. Horrores da humanidade fazem parte da história e da arte.
Fomos ao Templo e a escola do Confúcio, com as mesmas características arquitetônicas, uma maravilha.

Fomos a mais dois templos um chinês e um tibetano de valor inestimável, onde está o maior Buda de madeira do mundo, feito de apenas uma árvore de Bálsamo.

Fomos a um único bairro, tipicamente chinês, onde as ruas são tão estreitas que precisamos andar de triciclos, todos em cinza, pois a cor era permitida apenas ao imperador.

Visitamos uma residência em estilo realmente chinês, onde as pessoas vivem na casa e abrem para visita em troca de dinheiro, acredito que por este motivo estava decorada e organizada, porque entrei em outra que não era explorada turisticamente e era uma bagunça, uma sujeira e muito feia, nesta as pessoas ficavam na rua com uma senhora de idade avançada e seus cachorrinhos.
Normalmente moram até quatro famílias nas mínimas casas, pois tudo é muito caro. À esquerda fica a porta principal ladeada por duas esculturas, estas quando redondas, indicam ser casas de família, e quando triangulares indicam ser comerciais. A porta de entrada geralmente vermelha, é barrada por uma parede onde existe um quadro (desenho) de um animal misto de leão e peixe com patas de cavalo, escamas, etc., que serve para espantar os espíritos. Entrando à esquerda e continuando à esquerda, há um cômodo onde fica o escritório, que tem um sofá, uma mesa de chá e de fumo, a escrivaninha etc..
Todos os cômodos são separados, cada um com seu telhado individual.
Saindo para o pátio, onde ficam os pássaros esta a mesa familiar, á direta ficam os quartos dos filhos homens, à frente o quarto do filhos casados, e nos fundos o quarto principal que seria dos pais, a filha mais nova tem um cômodo atrás da casa de onde ela pode sair somente quando casada com o noivo escolhido pela família.

Hoje as pessoas deste bairro e muitas famílias ainda vivem nesta condição, porém, numa vida mais moderna, onde todos trabalham, etc..
Há pouco tempo atrás, as mulheres não tinham direto de estudo, o único aprendizado era costura, cozinha e arrumação. Nada mais.
A moradia em um apartamento hoje é mais barato que nestas pequenas casas.
Como é um país comunista, tentamos abrir o Facebook e não era permitido, algumas informações da internet são bloqueadas, por isso os jovens têm um enorme desejo de estudar fora, conhecer outros locais, mas não podem.
Mencionamos ir ao Mausoléu de Mao, mas é preciso passaporte e alguns tramites que não tínhamos. Sentimos que a guia não tinha interesse algum em visitá-lo e para dizer a verdade, nem eu.
Senti uma grande tristeza em ver que o mestre Confúcio é adorado, respeitado e nada mais. Hoje é mais importante o estádio Ninho que a grande China antiga. Que pena!
Fomos a um bairro de artistas contemporâneos, claro que no distrito onde tudo é mais barato; lá encontramos uma galeria atrás da outra, uma loucura. Mas na verdade eu não sei o que se passa com os artistas, tudo é tão lindo e tão sujo, passar uma vassoura e manter as coisas limpas faz parte da arte.
Muitos quadros têm características femininas com os pés terminando em nada. Isto pelo costume que se manteve até uma geração atrás, onde as mulheres tinham os pés quebrados e amarrados para que não crescessem. No museu onde passamos vimos os sapatinhos de pano das mulheres, que são de no máximo sete centímetros.
Vimos, tanto no bairro dos artistas, como em uma grande loja, tipo a Louis Vuitton da China que eles realmente usam aquele estilo de roupas com as amarrações de pano e as golas altas como vemos caracterizados os chineses.
Depois de andar um bocado, fomos a um restaurante sugerido pela nossa importante guia, onde tínhamos no centro da mesa um fogareiro com o fogo muito forte, que recebeu uma panela de cobre separada em duas partes, uma para água com alguns condimentos mais fracos, e outro muito picante e vermelho, escolhemos algumas coisas que vinham inteiras e cruas, como carpaccio de carne de vaca , carneiro e frango, raiz de lótus, cogumelos, espinafre e agrião, os palitinhos e alguns molhos.

Colocávamos o que queríamos dentro daquela fervura, passávamos nos molhos e comíamos.
Nada mais saudável, além do que, eles comem com chá.
Eis a explicação para eles serem magros e nós gordinhos.
Claro que pedimos um “vinhunwy h ho”, um Cabernet chinês… mas vinho. Aliás, voltarei a servir esta comida em nossos jantares em casa.
Nossa guia havia sugerido que saindo de lá fossemos a um teatro de Gung Fu, mas estávamos mortos e tínhamos que arrumar as malas e dormir cedo porque íamos embarcar as 4h da manhã.
Paramos no bar do Hotel e eu tomei um capuccino e subi, o resto da família ficou por lá mais um tempo.
Estavamos ao lado do Ninho onde ocorreu as olimpíadas.

Galeria de Fotos da Viagem:

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