Casamento em Tiradentes
Sempre há uma oportunidade de visitar, de sair, de conhecer e de rever.
Eu havia vindo a Tiradentes a exatamente 42 anos atrás, quando tinha 15 anos. Havíamos tido o melhor ano de nossas vivas quando ganhamos o carnaval de Votuporanga com nossa escola de Samba Mulata Dengosa e para completar a alegria, viemos para as cidades históricas, de carro com minha irmã, meus tios Pascoal e Sandra, e eu, nossa viajem foi acampando, pela Club, “camping do Brasil”, uma aventura que deixou saudade.
Mas nada disto importa agora, a época é outra, a vida mudou, os anos passaram, e graças a Deus permaneceu o espírito aventureiro.
Recebemos o convite do casamento de Fernando e Andréa, claro que imediatamente aceitamos o convite e já organizei nosso passeio, paramos em Belo Horizonte para um jantar (veja post anterior-Inhotim) e em Brumadinho para conhecer Inhotim, e depois seguimos para Tiradentes.
Chegamos à noite de carro, a estrada é boa porém como é serra, muito cansativa e demorada.
Assim que chegamos os noivos nos ligaram para um Happy Hour, e para surpresa de todos, inclusive dos noivos vieram 350 pessoas, o número de presença nos dá dicas do sucesso deste tipo de festa, que já falei tantas vezes em posts atrás.
A cidade fica festiva, por onde passamos todos querem saber se viemos para o casamento, os hotéis lotam, os cabelereiros os táxis todos participam de alguma forma do grande evento.
Ficamos em uma Pousada inaugurada no alto da serra, com poucos apartamentos, um charme de lugar, o atendimento feito pela Deidiane e Ana, é simples e acolhedor. Elas fazem você sentir-se em sua casa de campo.
Saímos para um passeio na cidade, que está extremamente arrumada com as casas conservadas e pintadas e todos tentam te ajudar com a simpatia do Mineiro, mesmo que você questione, a cidade está preparada para receber e todos estão conscientes.
O táxis que demoram mais de 10 minutos para qualquer destino cobram sempre R$ 15,00 e é melhor usá-lo pois não existem áreas de estacionamento.
Hoje para as visitas históricas em museus e igrejas, cobra-se uma taxa entre R$3,00 e R$ 5,00 e no geral tem um jovem que dá uma pequena explicação, a convivência é um turismo que começa se estruturar no Brasil.
A riqueza da obra sacra Barroca nos mostra a chance de atingir o mundo.
O artesanato único, é lindo e está em toda parte, marcando sua história.
São inúmeros restaurantes e no geral a gastronomia é Mineira.
Almoçamos no Raízes de Minas, no vilarejo de Bichinho, provei a erva mineira, Ora-pro-nóbis , uma filha redonda que dá em um arbusto e é cozida, tem um sabor interessante, é uma gosma que lembra o quiabo, no passado utilizado para substituir a carne , pois tem grande concentração de ferro.(explicação Mineira). Claro que eu pedi um peito de frango na chapa.
As vans oferecida pelos noivos chegaram as 16:00 HS, a pavimentação da cidade dificulta o salto alto, então se tiver um casamento aqui opte por um salto mais grosso.
A noiva optou em não decorar a igreja para não correr o risco de estraga-la, e ela acertou, pois bastou as luzes e o barroco dourado.
O BUFFET com a vista do morro atrás deu um toque facilitador para o sucesso da festa.
Minha opinião continua a mesma, a simplicidade e o bom gosto para esta ocasião vale mais que milhões desperdiçados em grandes Bufett e festa milionárias.