Um ano antes da mostra, alugou um antigo armazém de produtos de limpeza onde instalou seu ateliê. “Assim que cheguei aqui fiz a Cabeça de bandeirante, que tem 2,5 metros por 1,60. É minha maior peça”, lembra. Naquela época, eram poucos os artistas que trabalhavam por aqui, cenário que vem mudando. Mais recentemente, em 2017, a artista Rafaela Foz, 25, e três amigos encontraram no mesmo bairro um galpão que acabou virando local de trabalho. Fundaram o Espaço Breu.
Além de ateliê de nove artistas, há espaço para exposições, oficinas e encontros de grupos de estudos. “É muito fácil de chegar aqui. Está perto do centro, tem metrô, ônibus, além de uma grande oferta de serviços que muitos artistas precisam, como marceneiros e serralheiros”, conta Rafaela. A poucos passos do Breu está outra artista, Cleo Dobberthin, 28. Além de casa e ateliê de Cleo, desde setembro o espaço abriga o Olhão, centro de artes com residências artísticas e exposições. Assim, a Barra Funda está mudando sua vocação fabril para uma nova rota de restaurantes descolados e pontos culturais – mas, claro, sem perder o clima de vila, com uma vizinhança que convida todos para um café fresco passado na hora.