Chegamos em Zagreb no horário previsto 18h30 e desta vez meu mapa nos mostrou o hotel em outro local. Confesso que foi a primeira vez que fiquei tensa. Como, geralmente os hotéis estão nos centros históricos e as cidades são bem sinalizadas, chegamos e encontramos com tranquilidade.
O Hotel Esplanede, em estilo barroco, foi construído em 1925 e depois foi a vez da estação de trem. Ambos são pontos de atração na cidade já que o hotel recebia os passageiros do trem de luxo Oriente Express (1883/2009). Os guias dizem que nada melhor que visitar a estação e tomar um café no Esplanede e sentir-se como se estivesse no passado e desta maneira que nos sentimos.
Nos hospedamos nesse local onde luxo e tradição formam um conjunto
perfeito de harmonia, conforto e bom gosto. O hotel mantém a tradição e beleza da época, desde a recepção às chaves dos apartamentos. Estando em Zagreb inclua em seu passeio um café da tarde, almoço no Bristrô ou jantar no Restaurante Esplanada. É uma experiência que vale a pena.
Nosso passeio teve início na estação. Passamos pela praça Marka Marulića, em frente à estação onde estão os principais museus e prédios que exibem uma maravilhosa arquitetura barroca, alguns já restaurados. A cidade é dividida em baixa e alta. Kaptol foi onde a cidade nasceu. Num passeio agradável fomos para a parte alta e visitamos a neogótica Catedral da Assunção da Abençoada Virgem Maria. Na frente há uma coluna da Virgem Maria, em mármore e ouro.
Na catedral, estava começando uma missa em inglês, que foi nos envolvendo e acabamos assistindo-a inteira. O padre falava num inglês claro e fácil de entender. Assim foi conquistando os turistas e finalizou a missa cantando Ave Maria, de uma forma emocionante e inesquecível.
Saímos da igreja e logo à frente numa ruazinha próxima estava o mercado Dolac, onde acontece a feira todas as manhãs nesta praça. As barracas apresentam uma variedade incrível de frutas, legumes, mel, queijos, temperos e flores. Neste mercado, centenas de senhoras carregam seus carrinhos lotados para casa.
Ao fundo, existem restaurantes onde se pode almoçar tranquilamente o e gastar pouco. A gastronomia é à base de carne e grelhados, incluindo alguns itens da comida bósnia e turca. Continuando o nosso passeio, chegamos na rua dos cafés. São muitos e, mesmo numa quarta-feira, estavam lotados com jovens e velhos que passam horas a conversar e dar risadas. Esta rua faz a divisa da parte alta com a baixa da cidade e hoje é o ponto de encontro de todos. Anteriormente, ela dividia as lutas e desavenças. Continuamos até o final e voltamos para a “cidade alta”.
Como o Wilson precisava de um remédio, vi uma farmácia. Foi um passeio pelo tempo: a farmácia era do início do século 20 e mantém seu esplendor intacto ate os dias de hoje.
Dizem que nunca consegue-se comprar remédios sem receita, mas somente nesta viagem é a segunda vez que não temos problemas. Continuamos o passeio e vimos um pátio que era igreja de São Marco, com seu telhado em mosaico. Como estávamos com fome, resolvemos voltar a rua dos restaurantes, passamos pelo funicular, mas desta vez, preferimos descer a pé. Este funicular é um dos menores do mundo, com apenas 66 metros de extensão.
Logo na descida, na rua Tkalciceva, calçadão para pedestres e lotada de restaurantes e bares estava o Agava, na fronteira entre os bairros que compõem a Old Town: Gradec e Kaptol. Poltronas de vime e ombrellones imperavam no local, criando um ambiente bastante acolhedor.
A concierge havia nos indicado e, como não discutimos com profissionais bem informados, paramos para nosso almoço. A intenção era jantar no hotel com isso, teríamos que comer pouco. Pedimos uma entrada para cada. Eu quis legumes grelhados e o Wilson pediu uma massa com trufas, depois um filé com trufas e vinho Plavlac 2009. Ficamos muito tempo no restaurante, pois o dia estava muito agradável e a rua, realmente, é uma atração.
Terminando o almoço, seguimos em direção à cidade baixa, passamos pelo prédio da Filosofia e outros. Vimos muitos museus, mas desta vez, a viagem não inclui museus.Passamos pelo jardim botânico e chegamos no Hotel Esplanade. O hotel merece, conforme já disse, um café para poder desfrutar da beleza e do ambiente.
Descansamos um pouco e descemos para o jantar no Esplenade Restaurant. Com chefe estrelado, o jantar foi uma experiência pelo serviço e pelo lugar. Muitas vezes, vale a pena incluir a gastronomia mais elaborada em sua viagem, pois a experiência é sempre muito agradável e acrescenta algum detalhe em sua cozinha. Pedi um filé de peixe. O Wilson pediu codornas, vinho Cabern, sugerido pelo somellier. A cidade é encantadora. O transporte gratuito do centro com muitos bondes, que passam de um lado para outro, com o máximo conforto e dignidade. Os habitantes são agradáveis e elegantes
19 de setembro 2013
Arrumamos nossas coisas e saímos, com chuva, para Ljubljana, na Eslovenia.