- Fizemos o voo pela Lufthansa, foram 2h de viagem.
Chegamos a Berlin às 14h e o translado já estava lá, um senhor muito simpático que falava um pouco de castelhano e veio nos contando algumas partes da história de seu povo e de sua gente. Comentou sobre a trajetória de seu país, sendo primeiramente divido em quatro, uma parte da Alemanha era de origem Polonesa, outra Russa, outra da Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental; posteriormente foi divida em duas: oriental e ocidental. Na Berlin comunista, o povo todo pertencia a uma única classe social, as notícias passavam por censura e o povo não entendia direito como seria a vida diferente da que eles tinham.
Em 1961 com a queda do muro de Berlin, eles passaram a ter a entrada de muitos bens de consumo vindos de várias partes do mundo. O que foi terrível, pois eram extremamente pobres e a oferta era muita, os acima de 50 anos sem a mínima chance de empregos e de ganho, os jovens mal orientados, sem saber como começar uma vida nova e buscar uma condição melhor. Somente os que já tinham uma visão e uma educação melhor tinham realmente condições de se saírem melhor.
O plano do governo era que em sete anos o povo já estivesse estabilizado, porém isso não aconteceu, e demorou muito mais tempo para que eles realmente pudessem se restabelecer. Hoje a Alemanha Oriental já consegue mostrar que tem um povo vencedor. Sem dúvida houve muito sofrimento. Pelo caminho que fizemos, pudemos perceber que a cidade está em obras.
Chegamos ao Swissotel Hotels Resorts, onde ficaríamos hospedados. A primeira impressão foi de o hotel ter um tamanho estranho, pois chegamos a um hall, deixamos as malas, subimos para o primeiro andar, num saguão moderno e frio onde fizemos o check in, com alguns cantinhos agradáveis, mas bastante desconfortável. Recebemos as chaves e subimos sozinhos, o prédio parece ser redondo e andamos muito até chegar ao apartamento, que ficava em um corredor todo branco e sem graça. O apartamento também era moderno, mas um pouco frio e sem cor, não gostei. Arrumamos as coisas e já saímos.
Fui direto a um Valfone, comprar um chip para a internet, pois sem falar a língua precisamos nos comunicar e nos fazer entender de alguma forma. Havia pegado uns comentários de pessoas que estiveram aqui e elas sugeriram andar em um ônibus de turismo para ter uma ideia do ambiente – o Wilson recusou a sugestão na mesma hora, mas de repente nos vimos em um local que não tínhamos a mínima ideia de onde era e vimos passar o tal ônibus, foi então que ele mesmo subiu imediatamente, sem nem pestanejar. Foi o melhor que podíamos ter feito, dessa forma podemos ter uma ideia melhor da cidade e do que queremos ou não fazer.
A cidade é meio neoclássica, meio moderna, com obras incríveis e muita arte espalhada, com galerias e museus em todos os lados, e muitas construções e reconstruções por toda parte.
No final do tour propus que já fôssemos jantar direto para depois dormir, mas o Wilson insistiu para tomarmos banho antes. Ele acabou dormindo e eu pedi um prato no quarto mesmo, depois também cai no sono.
No segundo dia fomos direto para o ônibus do tour. Paramos no Checkpoint, ao lado do muro, que é incrível. A sensação é de que a energia que um dia existiu nesse local permanece, a gente sente um peso estranho, uma tristeza.
Esse lugar era a fronteira entre o lado ocidental e o oriental. Só passava quem tinha autorização e muitos morriam tentando fugir dentro de porta malas, embaixo de bancos de carros, e de outras diversas maneiras precárias e perigosas. As fotos mostram pessoas tentando ver o outro lado, procurando saber o que havia acontecido a seus familiares, que poderiam ter sido mortos logo ali do outro lado do muro.
O muro, de aparentemente 2.5m de altura, parece à primeira vista um muro normal, mas quando vemos os pedaços dele espalhados entendemos que seria impossível uma fuga. Ele era feito de ferro e cimento, difícil de ser quebrado, e havia ainda uma grade de ferro que impossibilitava o acesso ao outro lado, além de serem vigiados por grande número de soldados.
Após o Muro, o ônibus passa por todos os pontos turísticos da cidade e nos paramos em todos .Conforme já disse vc pode descer ficar o tempo necessário e pegar o próximo ônibus.
Cansados paramos em uma igreja e tivemos a oportunidade de ver um ensaio de musica clássica emocionante.
Depois fomos almoçar em uma restaurante Churrascaria de rede, mas muito bom e lá experimentamos um drink que para o verão é maravilhoso , veja a receita e prove.
Foi em Berlin que alugamos nosso carro.
Observação importante: para alugar carro é necessário passaporte, carta original do país de origem, carta internacional, e estar presente para assinar.
Como vamos para a Iugoslávia não é possível alugar Mercedes e BMW, pois nestes países o problema com roubos destas marcas é comum, portanto não é possível e nem recomendável.
No nosso caso teríamos duas opções, ou trocar de carro antes de entrar nesses países, ou pegar outro carro da mesma categoria. Atenção: o mais importante para dirigir na Alemanha é prestar atenção no pedestre, ele tem sempre razão e se colocar os pés na rua, pare imediatamente! Estando com iPad, e tendo o aplicativo Mapas, você com certeza não irá ficar na mão, portanto, tenha internet e carregador de baterias, assim não tem erro.
O Restaurante Margaux O è uma experiência imperdível para os amantes da gastronomia .
Elegante, caro e maravilhoso.
Com um ambiente requintado você prova um delicioso menu degustação , ou em outra sala menos sofisticada o ala carte que deve ser divino , pois o restaurante estava lotado e percebia-se uma intimidade dos clientes que suponho serem frequentadores assíduos.
Vale a pena .
Alemanha, Potsdam.
22 de Agosto de 2013
Esta visita foi sugerida pela gerente do restaurante Margaux ontem a noite em Berlin, e ela pediu desculpa por indicar algo tão longe, fica a 40 km. Mal subimos no carro e já estávamos na cidade, em menos de 20min!
Logo vi uma bela cúpula, e descobri que era a Igreja de São Nicolau em Potsdam. Ela é fruto do trabalho do arquiteto alemão Friendrich Schinkel, uma das poucas obras feitas por ele que ainda restam, apesar de ter sido danificada durante a Segunda Guerra Mundial, está completamente reconstruída.
A pequena cidade não é tão pequena assim, e é linda. Como tudo na região, ela também está em obras, pois muita coisa foi destruída e está sendo devidamente reconstruído. Visitamos a Catedral, pegamos o carro e fomos direto para o restaurante Waage, em um dos pequenos centros da cidade. Uma tranquilidade irritante, e a comida magnífica – o Wilson pediu uma massa com tartufo fresco, e eu um coelho ao molho de vinho e massas, de sobremesa Tiramissú e café. Durante o almoço acompanhamos o primeiro campeonato de pipas Milton Soares Minhós no Hotel Fazenda Foz do Marinheiro, que organizamos antes de nossa viagem para homenagear o aniversário de meu pai de partiu a 4 meses, por isso estava muito ansiosa para que tudo desse certo, e deu.
Waage , Neuen Markt 12 , fone 03331 81706774
Saímos do almoço e fomos para o Park de Sanssouci, onde está localizado o palácio de Sansssouci, que significa “sem preocupações”, construído por Frederico O Grande, em 1744. O Park é composto de um magnífico jardim rococó, onde andei quase o dia todo, e de incríveis edifícios, que foram do governo da Prússia na época. A pequena cidade tornou-se local de refúgio de holandeses, franceses, russos e do povo da Boêmia.
Ficamos por lá até quase anoitecer, levei uma bronca porque fui dar apenas uma andadinha e fui me apaixonando pelo local, pelos diferentes cheiros, pelo frescor dos jardins e das árvores, e quando me dei conta, tinha andado por duas horas. Cheguei ao local marcado e nada do Wilson, coloquei meu lenço em uma estátua que foi fotografada por boa parte do pessoal, e depois de um tempo ele chegou muito bravo… Eu estava tão feliz!!!!
Procuramos um toalete, coloquei no google maps e voltamos tranquilamente.
Chegamos ao hotel, tomamos um drink, arrumei as malas, e fomos dormir, pois no dia seguinte partiríamos cedo para Dresden.
Berlin Dresden. 23 de Agosto de 2013.
Dessa vez também foi muito fácil chegar, demoramos apenas duas horas, pelo caminho havia barcos, caiaques e cavalos a caminho dos lagos que estão no meio da estrada. Os alemães em geral são esportistas e adoram um pique nique.
Dresden é a capital do estado da Saxónia, ao lado do rio Elba, e foi uma das cidades bombardeadas durante a Segunda Guerra. Existem vários filmes como Dresden- O inferno, de Roland Suso e Liz Levit, além de documentários que mostram o absurdo dos acontecimentos de 13 de fevereiro de 1945, “o dia do bombardeiro”. A ponte de Dresden hoje é patrimônio histórico da UNESCO.
A cidade ficou destruída, existem controvérsias entre a história e pesquisas a respeito do número de mortos do dia, os corpos foram empilhados e incinerados, enfim, um crime brutal contra a humanidade e a arquitetura.
Hoje a cidade recebe milhares de turistas, nesta época vimos muitos grupos de terceira idade. O transporte é invejável, a cidade é repleta de trilhos de bondes super modernos, todos elétricos, sem barulho, sem poluição e sem espera, uma maravilha. Ficamos apenas um dia e vimos os vários monumentos arquitetônicos, porém não entramos em nenhum deles, pois teríamos que ter no mínimo uma semana para poder desfrutar de tanta cultura e de tanto acervo.
Nas praças e na rua ouve-se muita música boa, afinal, a Alemanha sempre foi prezou muito essa arte, e foi o berço de Sebastian Bach, e outros.
Nosso hotel ficava de frente para todos os edifícios mais belos da cidade, chamava-se Hotel Taschenbergpalais Kempinski, rede de hotéis que é sem dúvida inigualável, um primor em conforto e luxo. No final da tarde fomos para a sauna e piscina para descansar, e logo em seguida nos arrumamos e saímos em direção ao centro histórico, em busca de um restaurante típico, pois era nosso último dia na Alemanha e ainda não havíamos comido o tradicional eisbein (joelho de porco) que o Wilson tanto gosta.
Ah, estou me esquecendo de um detalhe, ao realizar as reservas nos hotéis, pedi lua de mel em todos! E nesse deixaram um bolo com chocolates, frutas e água, tudo maravilhoso.
Na manhã seguinte tomamos um excelente café, demos uma volta de carro por Dresden e seguimos para Praga.